Eu não posso mais ficar aqui. Não consigo mais… E você pode achar que é terrível ouvir essas palavras, mas dizê-las me dilacera a garganta. Estou tão braba e nem sei com quem, assim como também não sei a quem responsabilizo essa tristeza de não querer mais estar com você.
Quando me deitei ao seu lado essa noite, eu soube que isso não ia passar. Quando você me abraçou, meu corpo sufocou. Quando você me beijou, eu não quis fechar os olhos e a raiva comigo mesma me dominou.
Minha voz começou a gritar na minha cabeça: “Que ser grotesco eu me tornei? Porra, é ele! É o cara que eu escolhi pra mim. Eu deveria estar entregue , mas… Mas eu to querendo fugir e nem sei por quê!”. Eu quis chorar e deixar as lágrimas de um misto de sentimentos expurgarem a minha culpa e vergonha por não achar mais em mim a vontade de te amar.
Eu queria poder explicar o passo a passo da minha constatação. Queria poder localizar o momento exato em que o amor esvaiu de mim. E eu torci para que fosse só uma fase, talvez um dos reflexos chatos da TPM, mas essa certeza se crava cada vez mais fundo em todas as partes quebradas do meu coração: eu não te amo mais.
Seu rosto já não desperta furor – por mais que eu tente senti-lo. Eu sei que, quando eu resolver te contar que preciso ir, você vai sofrer. Mas você não faz ideia do que é ser silenciosamente destruída dia após dia, vendo um amor que tive, ora tão bonito, se apagar.
Eu queria te amar para sempre, conforme jurei e te disse incontáveis vezes. Mas a gente esquece que o amanhã não nos pertence. E, hoje, eu já não te amo mais.
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