[Você pode ler este texto ao som de Girl Just Wanna Have Fun]
E agora solteira de novo. Conhecendo pessoas novas, fingindo que me importo com elas e beijando suas bocas só para não continuar ouvindo as merdas que saem de lá. Foi-se o tempo em que não precisava me esforçar para ser agradável.
O nosso tchau foi simples, um dos mais simples que já vivi. Fomos educados. O início foi engraçado, todo esse sentimento e diversão rápida , algo como “tó, escuta esse link aqui do pink floyd”, “aff”, “você tem cara de quem curte bon jovi”, “acertou”, e menos de 24h depois estávamos transando.
Parece fácil quando falo assim. Parece fácil quando vejo de longe, é que não tivemos tempo de deixar as coisas ficarem complicadas. Quase sem saber o nome do outro. Profissão? Cor favorita? Nem pensar.
E isso é o mais próximo de relacionamento que eu tive esse ano. O mais próximo que deixei alguém entrar, e é na superfície que você se adaptou e permaneceu me mimando todos os dias e jogando o meu jogo sem nunca sequer exigir se aprofundar.
Os “se’s” e “porquês” deixo para quando um dia voltar a ter esperanças de que isso ainda funciona pra mim, que ainda posso viver algo legal com alguém. Até lá, quero me valer de momentos fúteis.
É claro que eu vou sentir sua falta. É claro que dói. Mas nessa altura da vida o que é que não dói? O que é que eu não consigo superar? E você sabe a resposta. Guri, você sabe a resposta.
Que desde o começo isso aqui não daria em nada e é por isso que você aceitou assim. E mesmo durante a nossa brincadeira de criar personalidades, eu pude te ver inteiro nos seus erros e nos acertos, e no fim eu só espero que você encontre alguém para mostrar tudo aquilo que você foi para mim.
E que vocês não tenham apenas 1 ou 2 semanas mas sim a vida toda. Isso tudo deu certo porque somos parecidos demais e respeitamos nossa própria liberdade. E, diferente de mim, você não está tão estragado.
Vai, vai que eu morri há um ano atrás.
Você ainda tem sua chance, guri.
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