[Você pode ler este texto ao som de Gives You Hell]
Pode me xingar. Me xingue à vontade. Me chame de todos os palavrões que aprendeu na sua vida. Pode gritar, se jogar no chão e bater perna como criança, mas depois que fizer tudo isso, aceite o fato que terminou. Que não existe mais “nós”, apenas eu e você.
Pode contar para suas amigas na mesa de bar que sou canalha, imbecil e que tudo o que eu queria era apenas te comer. Sim, pode falar “comer”. Seja suja, desbocada, não importa. Bota essa raiva toda pra fora. Eu não vou voltar.
Eu não pretendo voltar com alguém que não dá o braço a torcer. Que não enxerga os erros e acredita que orgulho é a melhor coisa a se ter. Eu tô caindo fora, meu bem. Tô pegando minhas coisas, a minha camisa velha que tanto amo e caindo fora dessa sua vida, que por sinal, não será uma vida tão boa depois que eu partir.
Eu tentei mudar toda a situação. Tentei mudar a mim para que nossa relação fosse duradoura e feliz como nesses filmes de cinema. Só que você preferiu uma obra de terror, onde quem ficou com um fantasma fui eu.
Eu não te quero mais. E se você continuar sendo essa “rainha da razão”, não acredito que outro alguém também irá querer. Não acredito que tu terás uma relação duradoura ou quem sabe chegar a casar com alguém. Cansei de te aconselhar a mudar. Cansei de ser mais teu pai que teu namorado, companheiro e amigo. Fui um cego esse tempo todo, mas como um milagre do divino de barba, eu voltei a enxergar e é triste tudo que estou vendo.
Você pode colocar sua melhor roupa e abusar da maquiagem para curtir a balada de sexta. Pode levantar a mão pro alto, segurando a garrafa de Chandon e sorrindo para os flashs das câmeras. Pode fazer pose de poderosa e esnobar aquela garota que você odeia e passava o dia todo falando mal. Você pode pagar de feliz, mas eu sei, eu sei muito bem o que está se passando dentro de você. Talvez você saiba que está errada e pensa a toda hora em pedir perdão, mas continua deixando o orgulho atrapalhar.
Não é porque eu terminei com você que eu seja o maior filho da puta da história do mundo. Não é porque eu resolvi sair de cena que o filho da puta agora sou eu. Não é porque eu decidi tocar minha vida sem você e procurar alguém que saiba deixar o orgulho de lado em nome do amor que eu seja um idiota. Eu não sou! Idiota eu fui em acreditar que você poderia mudar.
Meu bem, eu estou indo assim como você também poderia ir se acaso eu não mudasse. O mundo continua para nós dois, mas acredito que o meu será mais colorido que o seu. Pelo menos até você aprender que orgulho não constrói nada no amor.
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