“All my loving” – Um ensaio sobre música e sensações



O meu ouvido nunca foi muito apurado pra músicas antigas. Muito menos pra clássicos. Diria que não gosto dessa coisa Cult de se apegar a clássicos pelo seu valor cultural. O que me importa na canção é ir com a cara dela, independente de quem a canta. E partindo dessa idéia primeira quero compartilhar uma visão de mundo com vocês.

Estava eu ouvindo músicas e decidindo se iria ou não assistir a “Across the Universe” – Pra quem não sabe, é aquele filme com a trilha sonora dos Beatles. E então, não mais que de repente, começa a tocar “All my loving”. Garanto a vocês que já tinha esta música guardada aqui na minha playlist, mas era meio fundo de baú sabe ? Naqueles dias que batia o sentimento indie, rolava de ouvir um pouco de Beatles. Só que, dessa vez, “All my loving” teve um outro significado inteiro pra mim.

Já pararam pra pensar em como as músicas influenciam nosso estado de espírito? Uma música animada, agitada, na hora certa, pode te fazer querer sair mais tarde pra dançar, pra curtir a noite. Uma música lenta e dramática pode te fazer abrir aquele pote de sorvete  e comer tudo sozinho deitado no sofá. Além dos incontáveis exemplos que podemos encontrar por aí. Você, por exemplo, já deve ter sentido algo por causa de uma música – e repetido a canção várias e várias vezes.

No meu caso, deixe-me voltar a falar especificamente de “All my loving” – e a repetição do título da canção é proposital para reproduzir o número de vezes que estou escutando enquanto escrevo esse ensaio. Essa música é daquelas que se encaixam na categoria mix. Mix de emoções. Sabem por quê? Ela me faz querer levantar e ir pra algum lugar qualquer. Me faz querer ligar pra alguém para quem eu dedicaria “todo o meu amor”. Me dá vontade de que me aconteça algo diferente. Tudo isso para entrar no embalo daquela canção. E não falo de letra, falo de melodia, de ritmo, de se deixar levar…

Então, percebam meus caros: O ritmo nos faz seguir suas notas, uma a uma. E cada um de nós tem uma interpretação diferente de cada nota. E é isso que torna a música uma das artes mais bem construídas e bem sucedidas do mundo. Além da diversidade em gêneros, existe a diversidade no que ela  provoca. Cada qual sentirá uma canção de acordo com sua experiência de vida, seu background cultural, seus anseios e desejos… Enfim, depende da individualidade do ser humano.

E dentro de cada finito particular, encontramos alguma música a La “All my loving” que provoca algo em alguém. Nesse pequeno momento, nessa rápida visão do mundo que me apetece, compartilho com vocês essa experiência “soul-musical”. E deixo uma pergunta – que vos serve como conselho: Que música faz vocês sentirem algo? E que algo é presente em sua música preferida ?

Deixa a canção te levar, te fazer querer coisas. Deixa vir como uma brisa. E logo se aproveita dela. Porque depois serão apenas sensações.

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