Qual é a pior versão de Atividade Paranormal?


Está nos cinemas o capítulo final da franquia Atividade Paranormal – sendo “final” completamente dependente da bilheteria do filme, que, se superar as expectativas, com certeza vai ganhar uma continuação a nos assombrar no próximo final de outubro. Se você não esteve ligado no mundo dos filmes a la found footage (esses em primeira pessoa, com a câmera balançando e terror sugestionável), cá estamos nós para facilitar, fazendo uma lista – do pior ao melhor – com os filmes da franquia pra você não perder muito tempo antes de decidir assistir a Atividade Paranormal: Dimensão Fantasma, filme produzido por Oren Peli, que virou tipo um Midas do horror em primeira pessoa em Hollywood.

Vamos lá:

Atividade Paranormal: Tóquio

Apenas uma palavra: SOCORRO. Esse aqui não tem o dedo de Oren Peli – apenas seu aval – e é uma produção dirigida e escrita por um homem sem ideias e com ambições duvidosas. De qualquer maneira, Tóquio segue a menina Haruka, que retorna de um intercâmbio nos EUA e traz consigo o demônio intitulado Toby. A parte mais assustadora do filme, e isso não é bom, é a menina Katie correndo de perna engessada e muletas na direção da câmera. Sério.

Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal

Correndo por fora da trama principal, que envolve um demônio chamado pelas crianças de “Toby” e a possessão da família de Katie e Kriste, Marcados pelo Mal é o tipo de filme indeciso: não sabe se é um terror, não sabe se quer copiar Poder sem Limites, não sabe se é um filme de ação, não sabe acrescentar algo à mitologia da saga. Pior: quando tenta, cria a pior plot twist de toda a saga, jogando para outra dimensão (“portais!!”, exclamei, constrangido) o que deveria e poderia ser apenas uma história sobre seitas e exorcismo.

Atividade Paranormal 4

Quando a melhor inovação que um filme pode acrescentar a uma saga é a silhueta de uma criança pelo kinect de um Xbox, a gente começa a pensar que o valor do seu ingresso está indo para o bolso errado. Divertido por usar câmeras de notebook em alternativa às câmeras estáticas de todos os filmes anteriores, o quarto filme da saga é passável, mas não acrescenta em nada

Atividade Paranormal 2

Talvez o mais parado de todos, mas o mais interessante sob o seguinte ponto de vista: carisma. O filme traz um sentido para os acontecimentos do primeiro filme e nos apresenta, pela primeira vez, o menino Hunter como o desejo principal do demônio. Além de sugerir um contexto interessante do passado das duas irmãs, Atividade Paranormal 2 aponta a adolescente Ali, enteada de Kristi, como protagonista das revelações que virão a seguir, e eu não reclamaria se ela surgisse nos próximos filmes como a exorcista de todos os males. Infelizmente isso nunca aconteceu, mas Ali, a empregada mexicana, o cachorro e o bebê protagonizam aquele que é o filme mais esforçado de toda a série (a cena de Hunter no berço, gente, bem como ele andando pra lá e pra cá: imagina o trabalho que deu).

Atividade Paranormal: Jacob Degloshi

Aposto que você não conhecia este: Jacob Degloshi é um personagem fictício totalmente criado para internet. À época, pré-lançamento do quarto filme, acompanhamos sua vida no youtube, quando ele recebe a filha em sua nova casa (a casa onde se passa o filme 2) e, lá, encontra uma série de fitas VHS com a infância de duas meninas envolvidas com bruxaria. É a chave para atividades estranhas envolvendo sua filha, o bichinho de extimação dela e sua ex-esposa começarem a assombrá-lo. Nesse link você vê todos os vídeos e percebe que alguém ainda não tinha desistido de contar a história certa.

Atividade Paranormal

Falamos aqui do filme que foi ao cinema, e no da versão original que trazia um final conclusivo e muito real da coisa toda. Atividade Paranormal foi responsável de trazer de volta à graça aos filmes com perspectiva em primeira pessoa, de uma maneira correlata a Bruxa de Blair em 1999: foi uma febre. Do ponto de vista capitalista/cinematográfico, mostrou como a vida de produtor de cinema pode ser promissora, porque Oren Pelli virou o nome por trás dos filmes de terror hollywoodianos com câmera tremendo. E, de fato, um filme que se segura e consegue o que conseguiu com apenas dois personagens em cena, merece nosso olhar de fãs de terror.

Atividade Paranormal 3

O mais inventivo de toda a saga, o terceiro filme é um filme de origem que se destaca por se passar nos aos 80 e sacramenta de vez a verdadeira história desta saga: duas meninas usadas por uma seita de mulheres bruxas que procuravam um herdeiro para trazer o demônio à vida. Ponto. Emblemático, porque crianças conseguem ser assustadoras se bem dirigidas, Atividade Paranormal 3 tem a genial ideia de colocar a câmera num suporte de ventilador, além de causar um susto final, mostrando do que se trata a seita de Katie e Kristi, sem a necessidade de barulhos inesperados e gente pulando na tela. Além disso, é o único que funcionaria sozinho da perspectiva da narrativa, sem necessidade de continuações.

Atividade Paranormal 5: Dimensão Fantasma já está nos cinemas e em 3D – pode ser uma boa pedida para essa semana. Todos os outros, com exceção do primeiro, você encontra na Netflix. Qual seu filme favorito da saga, do pior ao melhor? Ou, diz aí: você odeia todos? Compartilha com a gente!

Pelvini

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