A incrível geração que anda sofrendo com ansiedade: a nossa


Senta aqui que a gente precisa falar de ansiedade. Não aquela vontade que a gente tem de que as coisas aconteçam logo, cheguem depressa, essa antecipação. Vamos falar de ansiedade mesmo, do problema, da angústia.

Tá ficando cada vez mais difícil ignorar o cansaço crescente e os problemas que vem com ele. Na verdade, é muito difícil dizer de onde a ansiedade vem, e é inclusive muito difícil que a gente dê atenção para ela logo no princípio. Na maioria das vezes a gente sente os sintomas, mas não sabe nem de onde aquilo tudo tem saído, então, vamos lá.

Você já percebeu que você fica acordado durante a noite e não consegue “desligar” seu cérebro para dormir? Você só consegue pensar em todos os problemas que você tem para resolver, coisas que tem para resolver e coisas que você precisa lembrar? Ansiedade.

Você sente que todas as horas que você passa trabalhando não são suficientes, você sai do trabalho mas é como se o trabalho não saísse de você e aquilo tudo te trás um sentimento de culpa, de insuficiência e frustração, como se você não fosse capaz? (E aqui falamos “trabalho”, mas se encaixa faculdade, escola, e outras ‘obrigações’ do dia a dia. Ansiedade.

Você começa a ficar paralisado por medo de fazer algo errado, ou sente uma angústia terrível (e é literalmente o aperto no peito, embrulho no estômago, falta de ar e uma sensação quase claustrofóbica que você nunca sabe de onde vem, mas que te deixa sem saber para onde ir? Ansiedade.

Bom, o intuito aqui não é fazer um diagnóstico nem nada do tipo (inclusive é super recomendado que você procure um profissional se você sente qualquer uma dessas coisas, deixando claro que esses também não são os únicos sintomas e que a ansiedade afeta as pessoas de modo diferente), mas se você, seguindo essas características ou não, se sente ansioso, você precisa parar.

Eu sei que as vezes parece que o peso do mundo está em cima da gente e que ele vai esmagar a gente, um pouquinho a cada dia, tirando um pouco da cor do nosso mundo até que, quando a gente perceba, tudo já está tão cinza que parece tarde demais. A ansiedade faz isso. Mas não é tarde demais, nunca é.

A ansiedade pode ser um monstro insistente que nos faz correr sem respirar, como se nunca fosse dar tempo e como se o mundo fosse acabar caso não façamos tal coisa. E sabe, não vai. O mundo vai continuar aí, esperando que você pare e respire fundo. A ansiedade é mentirosa e ela está em você: ela conhece seus pontos fracos, ela pega suas verdades e transforma em farsas tóxicas pra não te deixar dormir, mas não acredite.

Faça lembretes. Seja da sua força, ou do quanto você é incrível. Lembre de respirar na hora do almoço, e caminhar até o banheiro ao invés de andar depressa. Saboreie o café: talvez ele te lembre da sua mãe que está em casa te esperando e isso te traga algum conforto. Tenha sempre a mão uma foto dos seus melhores amigos. Para um minuto e olhe pra eles: pense no que estão fazendo e que em breve vocês estarão juntos. Conte até 10 e respire. Se não funcionar, até 20.

Pense em flores que estão tentando crescer no seu coração, mas que não crescerão com vida no meio do caos.

Pense em tudo que você ainda tem para viver, e saiba que o mundo é grande. As possibilidades estão por aí. Você está por aqui. Você ainda vai viver tanta coisa… você é forte.

Você é forte em aguentar, e se não puder, tudo bem. Uma vez li que “o universo vai te perdoar por ser honesto e desistir”. Não perca a honestidade consigo mesmo e não se perca na imensidão.

Tem um lugarzinho só seu onde você é intocável e dono de si. Esse lugarzinho pode estar dentro de você. Deixar que as responsabilidades do mundo destruam isso é cruel consigo mesmo.

E sempre tem uma saída. Sempre tem um caminho. Sempre tem uma solução.

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