Tudo o que não te contaram sobre o Lollapalooza 2016


O Lollapalooza tem sido meu evento musical preferido há tempos, desde que pude pular feito louco ao som de The Killers (minha banda internacional preferida) e morrer de nostalgia ao som de algumas músicas do Pearl Jam em 2013. Acho que a experiência de festivais foi despertada naquele momento em que eu estava esmagado, segurando uma mochila contra o peito, e ainda assim achando a coisa mais divertida do mundo. Esse ano, fui ao evento a convite da Axe, que estava ativando uma campanha super legal chamada “O Cara do Lolla”.

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Quando vi o line-up do Lolla 2016, tive algumas impressões. A primeira foi a de que os headliners não segurariam o festival sozinhos. Por mais que eu ame Florence + The Machine e ache Eminem incrível, não acho que sejam nomes de peso no Brasil pra lotarem um dia inteiro de evento. Em compensação, as bandas menores ou novatas eram prato cheio pra quem gosta de diversidade musical. Feliz ou infelizmente, eu já tinha assistido a shows de boa parte deles.

Dos meus preferidos, destaco que a ansiedade era enorme pra ver Mumford & Sons (nunca tinha visto ao vivo), Alabama Shakes, Of Monsters and Men e Jack Ü (Diplo nunca decepciona). Além deles, também queria ter a oportunidade de ouvir outros sons que nunca tinha ouvido ou que nunca tinha dado a devida importância. E a minha surpresa foi justamente encontrar shows excelentes por lá e sons que você deveria conhecer.

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Se eu pudesse resumir a experiência musical do Lollapalooza, eu diria que Twenty One Pilots, Tame Impala e Jack Ü deram um show à parte. Twenty One Pilots: nunca tinha ouvido uma música sequer e vi dois caras num palco segurando um show incrível que não deixou ninguém parado. Tame Impala,  velha conhecida da galera, mandou tão bem na psicodelia que eu viajei durante todo o show deles. Incrível tanto a qualidade musical quanto as projeções de palco e telão.

Mumford & Sons me fizeram chorar fácil com músicas que fazem parte do meu cotidiano. “Little Lion Man” que o diga. Saí do show deles com a mesma certeza que saí do show do Of Monsters and Men e Alabama Shakes: adoro essas bandas, mas acho que eles casam melhor com shows solo. Pra quem gosta do som deles, ouvir melhor e poder se aprofundar na vibe de cada um é essencial. Infelizmente, os palcos não tinham a melhor acústica do mundo e deixavam a desejar caso você estivesse a uma distância considerável. Sobre os artistas: incríveis até a última nota.

Marina and The Diamonds (que eu só conhecia 3 músicas) fez um show de turnê: dividido em partes dos três álbuns, contou com muita troca de roupa e interação com o público. Não estava cheio, mas acho que isso se deve ao fato dela não ser mega popular no Brasil. A guria tem uma voz fenomenal ao vivo e não deixa a peteca cair em nenhum momento. Saí de lá com vontade de ouvir mais dela. Acabei optando por vê-la depois de acompanhar três músicas do Eminem, que deslocou toda a multidão do Lolla pro seu palco. Era bizarramente lotado o palco onde ele estava.

Já Florence fez um show mágico. Com a aura mística e a pegada de ritual purificador, a banda fazia a galera dançar na chuva como se ela fizesse parte do cenário. Florence encantou a plateia. Já é meu terceiro show da banda e eles nunca deixam a desejar. Nunca.

Deixo meu prêmio pro Jack Ü que sabe muito bem o que brasileiro gosta: festa! A dupla eletrizou o Lolla e eu não acreditava no que tava acontecendo. Não conseguia parar de pular e fui ao delírio quando tocaram Wesley Safadão e chamaram o Mc Bin Laden ao palco pra um remix de “Tá Tranquilo, Tá Favorável”. Mesmo tendo perdido a pista eletrônica esse ano, o show deles pagou o prometido.

Em resumo, o Lollapalooza 2016 não foi um festival de grandes nomes, como são os festivais internacionais em que os headliners esbanjam popularidade. Por outro lado, foi um festival de descobertas e de shows muito interessantes que acompanhei depois de casa (como Halsey e Die Antwood, que perdi). Acho que esse é a grande sacada de festivais: conhecer artistas que você não conhece e aproveitar pra ver suas bandas favoritas em shows mais curtos. Acabei saindo do Lolla conhecendo mais bandas favoritas do que imaginava. E mal posso esperar pro ano que vem.

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