Tem muito amor por aí


[Você pode ler este texto ao som de There’s Too Much Love]

A minha melhor amiga me ligou ontem pra contar sobre o casamento. Você imagina o tamanho da felicidade da gente quando a sua amiga conta sobre a noiva (sim, duas mulheres) com um sorriso que você consegue sentir do outro lado do telefone? Não fiquei feliz pelo casamento, mas por enxergar que ela escolheu a pessoa certa e transbordava por isso. Outro amigo meu anda bastante mudado também: suspira ao primeiro sinal do nome da menina que conheceu na semana passada. Parece um bobo que descobriu um mundo novo. Fico feliz por eles.

Ouvindo essas histórias e mais um milhão de outras que começaram dos jeitos mais variados possíveis, me bate uma felicidade tão grande. Uma esperança bonita. Uma coisa boa, sabe? Tô num daqueles momentos em que sou meu e não faço questão de me compartilhar com ninguém, mas isso não me faz menos romântico e muito menos egoísta ao ver como tem gente transbordando amor. Se a gente reclama da falta de encontros interessantes, eles me provam que existe. E que pode vir do nada, pode ser um conhecido de escola, coisa e tal.

Minha descrença cai por terra logo em seguida e eu começo a enxergar o lado bom da vida. O lado que me faz repensar a agenda lotada de desculpas pra dar uma chance pra alguém, o lado que me faz mandar mensagens pedindo desculpas pra pedir uma chance pra alguém, o lado que me faz ouvir Beatles e Strokes como se eu tivesse dançando pela cidade. Isso tudo me faz ansiar menos pelo encontro, porque renova as energias pra uma possibilidade futura, talvez não seja mesmo agora. O amor que acontece bem debaixo do nosso nariz, na vida dos outros, é inspirador pra gente. Mostra que pode não ser agora, pode não ser logo mais, mas se ele chega pra quem tá perto, por que pirar num mar de negatividade achando que nunca vai chegar pra gente? Bobagem. Abro um champanhe e brindo à redescoberta da existência de amor por aí, vibro com meus amigos, sinto a eletricidade me trazendo de volta à vida.

As histórias que dão certo e que me enchem de positividade mostram além do meu mundinho: não penso só em mim, mas penso em como é bonito isso da gente ainda amar, da gente sentir que escolheu a pessoa certa e como é o encontro de dois inteiros. Quando dois inteiros se encontram, ambos transbordam. Aqui ninguém se completa, ninguém preenche o outro, é abundância. É um pouco mais do que eles já são, e essa ideia me parece o ideal do amor maduro: a gente sabe quem a gente é, só expandimos as possibilidades encontrando outras pessoas.

Pra você que tem achado que nada vai dar certo, olha pro teu lado e enxerga as histórias de amor verdadeiro que te rondam. Com olhos bondosos, não com aquela pontada de pessimismo: enquanto existir, uma hora rola com a gente. Por enquanto, nós deveríamos celebrar os encontros em que ele acontece, celebrar a clara visão de que ainda tem muito amor por aí.


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