Uma discografia pra quem teve o coração partido


Este post é recomendado para quem:

– chorou junto com qualquer fim de relacionamento naquela série e filme favoritos;

– acordou em negação, igual a Carrie Mathison de Homeland (ou a mim, em todas as segundas-feiras):

– passou o fim de semana assistindo a trilogia do diretor Richard Linklater, sobre o casal que vive uma história de amor em três cidades distintas da Europa e reflete a vida a dois antes do amanhecer, antes do pôr do sol e antes da meia noite;

sentiu-se contemplado por essas palavras de Taylor Swift.

Aliás, recado para Taylor Swift: que coração mais quebrado o seu, hein miga? Me abraça.

Inclusive foi este casual rol de músicas, da cantora para uma fã de coração partido, que motivou a criação dessa lista de discos do duo americano Azure Ray.

Formado por Maria Taylor e Orenda Fink, amigas desde os quinze anos e que brincam de música desde então, elas já colaboraram com o Moby e com o Bright Eyes. Você com certeza já ouviu algo delas – estão permeadas às trilhas de nossas séries favoritas e filmes mais do que queridos, especialmente para acompanhar imagens de dor e sofrimento.

Como nos preocupamos com seu tempo aqui no Entre Todas as Coisas, os álbuns estão separados do pior até o melhor e com as melhores músicas de cada álbum. E, se você não está de coração partido, lembre-se: músicas desse gênero embalam os momentos de videoclipe no ônibus e tardes friorentas de outono.

Sua segunda-feira pode ficar bem mais artsy com essa discografia comentada.

Ah! Dá pra ouvir cada álbum delas (e outras coisas da carreira) na Deezer, ó: http://www.deezer.com/artist/6364

Vamos lá:

Burn and Shiver (2002)

Este é para os amantes de: barulhinhos (SIM, existe um gênero musical que este que vos escreve classifica como “Barulhinhos”, que inclui artistas como Boards of Canada e Jónsi e qualquer coisa que soe como… barulhinho). Abrindo com “Favorite cities” e já te puxando para o fundo do poço da tristeza, o álbum Burn and Shiver explica porque elas já trabalharam com o Moby: flertando com o eletrônico aqui e ali, levam o coração da gente para desertos inabitados que a gente não sabia existir até alguém dizer “não sinto o mesmo por você”.

Por onde começar: “Favorite cities”, “Raining in Athens” e“Rest your eyes”.

Drawing down the moon (2010)

Este foi lançado após sete anos de um hiato da dupla. Apesar dos ótimos solos de cordas, como naquele misto de Alanis Morissete e country de “Shouldn’t have loved” (olha esse título, minha gente), Drawing The Moon é um mais do mesmo necessário para os que sentiam saudades de ver as garotas cantando junto.

Ouça: “Don’t leave my mind”, “Dancing ghosts”, “Shouldn’t have loved”

Azure Ray (2001)

O début das meninas tem o maior clássico de sua carreira: “Sleep”, usada na trilha sonora de O Diabo Veste Prada e nas minhas playlists de pelo-amor-deus-volte-para-meus-braços. A capa deste álbum é ótima, também: que criança saudável quer ouvir sobre corações partidos quando a maior preocupação do mundo é se eu vou poder brincar amanhã cedo? Ou eu posso estar fora do lugar com minhas sublimações – como bem anunciado na letra de “Displaced”.

Prioridades: “Sleep”, “Displaced” e “Safe and sound”.

Hold On Love (2003)

O terceiro álbum, ultimo antes do hiato, revela o ápice da maturidade da carreira do Azure Ray. Seguras em arriscar em batidas mais provocativas como as de “New resolution” ou da ameaçadora “The Devil’s Feet”, elas não esquecem da tristeza que marcaram os álbuns anteriores, como em “Look to me” e “Sea of doubts”. No entanto, se o coração partido é a marca da dupla, “If you fall” chega a ser subversiva ao nos dar o benefício da dúvida quanto a novos amores: “and if you fell in love, will you hold on to it?”.

As melhores: “If you fall”, “The drinks we drank last night” e “New resolution”

E você, que outros artistas e discografias completas embalaram seu coração partido ou te fizeram chorar largado na calçada a caminho de casa? Divide aí com a gente!

Pelvini

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