20 situações machistas que as mulheres ainda sofrem todos os dias


Recentemente fiz um artigo que falava sobre como o brasileiro ainda é um cidadão machista e que não enxerga quão enraizado este tipo de pensamento está na cultura do país. Entre alguns velhos (pre)conceitos discutidos, muitas coisas vieram à tona numa simples pesquisa com pouco mais de 50 mulheres no Facebook. Elas relataram que o machismo que sofrem é bem maior do que aqueles indicados nas grandes campanhas (como a do Fiu Fiu) ou nas escolhas de modo de vida que fazem (legalização do aborto).

Definitivamente, o machismo do qual elas são vítimas vem de berço e começa com: “Isso não é coisa de menina/mulher.”. A clara divisão de rosa e azul, balé e futebol e outras tantas criaram pensamentos que condenam e limitam o comportamento feminino nos dias de hoje. Pra entrar direto no assunto, recolhi algumas de muitas situações aparentemente normais que agridem, sim, as mulheres. Todas as situações foram ditas por elas em resposta a uma simples pergunta: com qual atitude machista você mais sofre no dia a dia?

1. Ter que saber realizar tarefas domésticas pra ser considerada uma mulher de verdade. Ouvir sempre: “Você não sabe cozinhar? Assim não vai conseguir casar nunca, tem que ser prendada.”

2. Quando a conta da mesa é pedida, ela é sempre direcionada ao homem.

3. Ouvir que mulher não sabe dirigir ou ter que aturar piadinhas deste cunho o tempo todo.

4. Quando as pessoas ainda se surpreendem por ela ser inteligente ou bem sucedida.

5. Tolerar cantadas grosseiras e piadas invasivas de desconhecidos na rua.

6. Ser desprezada quando opina sobre assuntos “tipicamente masculinos” como o futebol e lutas, mesmo que ela saiba bem do que está falando.

7. Ser xingada de “puta, piranha, vagabunda, ordinária, cachorra” e derivados porque não quis ficar com o cara na balada. Ou por exercer sua liberdade usando qualquer tipo de roupa que quiser.

8. A famosa – e idiota – divisão entre mulher que presta e mulher que não presta, mulher pra pegar e mulher pra namorar. Pior ainda é quando decidem fazer julgamentos baseados na aparência ou nas pessoas com quem ela anda.

9. O status de sucesso só existe se ela for casada ou se estiver em um relacionamento. Caso ela esteja solteira depois de algum tempo, ninguém se importa com as conquistas profissionais. Conferem status de “encalhada, mal amada, infeliz” e afins.

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10. Ter que cuidar excessivamente do corpo porque a cobrança é muito grande. E caso esteja fora dos padrões, ter que ouvir que “nenhum homem vai te querer”, como se atrair um cara fosse mais importante que autoestima.

11. Não poder andar sozinha em locais mais desertos ou em horários mais tardios só por ser mulher.

12. Viver com a ameaça constante de não ser apenas assaltada em certas ocasiões de violência e insegurança, mas também estuprada.

13. Ter sua capacidade intelectual desmerecida em profissões “tipicamente masculinas”, como engenharia mecânica e informática.

14. Não ter a mesma remuneração e reconhecimento pessoal que um homem no mesmo nível que o dela. Parece mentira, mas isso ainda acontece em muitos lugares que pagam valores diferentes pro mesmo cargo pra pessoas com a mesma experiência, mas pertencentes a sexos opostos.

15. Serem vetadas em atitudes nos relacionamentos, como tomar a iniciativa em chegar em um cara.

16. Ouvir que coisas como carros, tatuagens, esportes radicais, roupas fechadas e afins “não são coisa de mulher”.

17. Não poder usar roupas curtas por medo ou receio do julgamento instantâneo e dos abusos que podem sofrer.

18. Ter seu direito de expressão comprometido por ser mulher. Ela não não pode sair pra balada com as amigas só pra dançar, não pode ter amigos homens e muito mais.

19. Falar de sexo é algo que causa estranheza. Caso ela fale, é considerada vulgar. Caso utilize jargões ou palavreado mais informal e direto, é julgada porque “isso não é coisa de mulher”.

20. Não poder reclamar de atitudes machistas que limitam ou ameaçam seu comportamento cotidiano e serem consideradas “chatas, mal comidas, mal amadas, exageradas” quando decidem reclamar.

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